Neste blog vocês encontrarão sugestões de atividades para as turmas de Educação Infantil, e o principal objetivo é trocar ideias sobre as muitas possibilidades para que nossos pequenos desenvolvam aprendizagens de maneira lúdica e prazerosa.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Sugestões de atividades para o natal
A Contação de história na Educação Infantil
AUTORA: SILVANA MARTINHA CÓTA
Contar histórias é um ato de amor, um momento de intimidade entre o adulto e a criança. Quanto mais cedo às histórias orais ou escritas entrarem na vida da criança, maiores as chances de ela gostar de ler.
Portanto, ao contar uma história é importante que o adulto saiba como realizar este ato, pois, a maneira como a contação de história acontece é que vai instigar o ouvinte a participar do momento e, envolvê-lo de modo prazeroso.
Conforme Abramovich,
[...] Contar histórias é uma arte... e tão linda!!! É ela que equilibra o que é ouvido com o que é sentido, e por isso não é nem remotamente declamação ou teatro... Ela é o uso simples e harmônico da voz. (1993, p.18)
Assim, ao contar uma história principalmente quando é para crianças, não pode ser de qualquer jeito, de modo improvisado, sem ao menos saber do que se trata o texto. É necessário fazer a leitura prévia se familiarizando com a história, demonstrando domínio sobre o que esta sendo dito, expressando as verdadeiras sensações que o contexto trás.
Segundo Abramovich (1993, p. 20), pode-se contar quaisquer histórias para a criança, indiferente de tamanho (curta ou cumprida), temporalidade (de tempos passados ou atual), se é um conto de fadas, realista, uma lenda, ou poesia, mas, o contador precisa ter conhecimento sobre o que lerá, para que o momento se torne prazeroso e significativo.
Quanto à seleção de escolha da história é feita pelo narrador que, ao conhecer o grupo, sua realidade, de seus anseios deverá buscar algo que vá de encontro com o momento que esta sendo vivenciado, que envolva o grupo e transporte-os para um outro mundo, cheio de encantos, magia. Esta viagem ao mundo da imaginação só é possível se a história for contada adequadamente. A autora ressalta que o contador precisa saber, dar pausas, criar os intervalos, respeitar o tempo para o imaginário de cada criança construir seu cenário, visualizar seus monstros, criar seus dragões, adentrar pela casa, vestir a princesa e outras coisas mais. (1993, p.21).
No momento da contação de histórias é bom evitar as descrições, pois, o imaginário da criança precisa expandir. As descrições literárias interessam pessoas maiores e são para serem lidas e não ouvidas.
As estratégias para se realizar a contação de história precisam estar bem definidas para o narrador. Uma das mais importantes são as modalidades e possibilidades da voz. O jeito de expressar-se corporal e verbalmente definirá a participação do ouvinte no momento da contação. Por isso, os suspiros, os espantos, as dúvidas, o suspense é fundamental para que haja tempo de imaginar o que acontecerá em seguida. Ao contar a história, o contador deve desde o início realizar a contação de maneira agradável, e para prender o ouvinte manter o ritmo calmo, cheio de encanto, sem pressa. Ao terminar a história, o contador deve manter um clima agradável e acabá-la de maneira grandiosa, com uma rima ou simplesmente com um fim depois de respirar fundo.
Referência:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo, SP: Scipione editora, 1993.
O professor da Educação Infantil e o ensino de Ciências
Autoras: JOSIANE MARTINS e SILVANA MARTINHA CÓTA
O professor de Educação Infantil e o ensino de Ciências
Ser professor hoje, é acima de tudo trabalhar no sentido de desenvolver capacidades de raciocínio, julgamento e autonomia para refletir a realidade que nos circunda. Partindo deste pressuposto, tem-se uma afirmação contraditória, visto que, ainda na educação figuram entre os educadores antigos paradigmas e fórmulas de repasses de conteúdos mecânicos e sem significados.
Desde que nasce a criança já é inserida num mundo científico e tecnológico. Sendo que os avanços constantes, provenientes da ciência e tecnologia fazem da escola um espaço obsoleto, já que modelos ultrapassados não dão conta de acompanhar a evolução e progresso nos aspectos sociais, políticos, econômicos da sociedade, quando na educação Infantil professores e alunos deveriam ser participantes de um processo de questionamento, aprendizagem e desenvolvimento e não espectadores diante da evolução.
O professor de educação Infantil deve estar atento às diversidades existentes em sala de aula, e consciente de que o que permeia sua prática educativa é a concepção de criança em que acredita.
De um lado têm-se professores com uma concepção tradicional de criança; que se manifesta na transmissão-recepção de conceitos; e por outro lado um desejo de mudança que concebe a criança como um ser em potencial desenvolvimento; sendo que para encaminhar sua prática a investigação se faz necessária.
Fazendo um breve retrocesso na educação, focando o ensino de Ciências; lembraremos talvez de alguns experimentos envolvendo água, solo, ou rápidas pinceladas em higiene, algumas doenças, e, sobretudo muitas exercícios visando à memorização de conceitos. Porém, isso quando se fala em ensino fundamental, já que para a Educação Infantil, ou “a creche”, restava apenas ao professor assistir a criança: cuidar e alimentar.
Alguns tempos depois, com as novas leis e documentos que viriam nortear a educação, a LDB, o RECNEI, aos poucos a concepção tradicional que os professores tinham de criança não conseguia mais suprir as necessidades dos alunos da Educação Infantil. Começou-se a pensar em propostas pedagógicas capazes de construírem o conhecimento das crianças sobre o mundo que as cerca, e de si mesmas enquanto sujeitos deste mundo. Aumentou a preocupação com a Educação Infantil e conseqüentemente com a formação da classe docente, bem como sua atuação em sala de aula, visto que a LDB (lei de diretrizes e bases) passou a mencionar a educação de crianças de 0 a 14 anos como primeira etapa da educação básica; contudo, enfatizando claramente sua prioridade “Os municípios encubir-se-ão de: (...) oferecer a educação infantil em creches (0 - 03a anos) e pré-escola (04- 06a) e com prioridade para o ensino fundamental”. (Tit. IV, art.11).
Falar do ensino de Ciências na Educação Infantil é deparar-se com lacunas; e certamente inúmeras dificuldades encontradas pelos professores, já que estes, muitas vezes fogem dos objetivos a que se propõe alcançar, não mencionam Ciência; ou mesmo, fragmentam-na em conteúdos como: corpo, plantas, esquecendo que, Ciência na perspectiva da Educação Infantil seria segundo a proposta curricular de Santa Catarina:
Promover os caminhos iniciais para a apropriação futura do conhecimento científico, como forma de interpretar o próprio homem, o mundo em que vive como os seres que nele habitam as condições econômicas e sociais, enfim, as relações todas em sua realidade material, preparando a criança para a vida com seus desafios e transformações. (Proposta curricular de Santa Catarina. 1998, p 118)
Promover caminhos que levem ao conhecimento científico na Educação Infantil, não é algo inalcançável, a esse respeito o Referencial para a educação infantil, em seu eixo que introduz a disciplina de ciências: natureza e sociedade enfatizam que o professor deve trabalhar Ciências a partir do contexto da criança, em sua sala de aula e entorno; desenvolvendo habilidades e competências necessárias para compreender a si, o outro e o mundo que a cerca, fazendo-a participar ativamente desse processo: que é a construção própria dos conceitos científicos. “Quanto menores forem às crianças, mais suas representações e noções sobre o mundo estão associadas diretamente aos objetos concretos da realidade conhecida, observada, sentida e vivenciada.” (RCNEI, vol.3, p 169).
A criança é um pesquisador nato, em sua ânsia de compreender os fenômenos mais simples que a circunda, quer saber os porquês, deseja saber de onde vem às coisas, que conhecer o princípio e o fim, seja do céu, dos planetas, dos bichinhos que encontra mexendo na terra, e, sobretudo deseja participar de todo o processo, vivenciar. E é em seus primeiros anos de vida que isso está latente, e o que fazemos enquanto educadores, senão silenciar empurrando para o ensino fundamental, que por sua vez repassa as responsabilidades para o ensino médio, que alega talvez, que conhecimento científico seria tarefa das universidades.
O trabalho com os conhecimentos derivados das Ciências Humanas e naturais deve ser voltado para a ampliação da experiência das crianças e para a construção de conhecimentos diversificados sobre o meio social e natural. Nesse sentido, refere-se à pluralidade de fenômenos e acontecimentos_físicos, biológicos, geográficos, históricos e culturais, ao conhecimento da diversidade de formas de explicar e representar o mundo, ao contato com as explicações científicas e a possibilidade de conhecer e construir novas formas de pensar sobre os eventos que as cercam. (RCNEI, p 166)
Os alicerces estão na escola infantil, os fundamentos de tudo. Professores capacitados, com formação adequada, e principalmente, que aceitem diariamente o desafio, de serem instigados, questionados, e questionarem e instigarem, estes devem ser os participantes do cenário da Educação Infantil, que tal quais seus alunos fazem da pesquisa fontes de prazer, e das descobertas indagações incessantes, que por sua vez voltam como fontes de pesquisa, e assim sucessivamente.
REFERENCIAS:
BRASIL. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Editora do Brasil.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
Santa Catarina, Secretaria de Estado da educação e do Desporto.
Proposta Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Disciplinas curriculares. Florianópolis: COGEN, 1998
O currículo da Educação Infantil
O currículo da Educação Infantil com Ciência crítica
São recentes os questionamentos e pesquisas que defendem a construção teórica do currículo como Ciência crítica. Dentro de uma perspectiva histórica relacional. Estudiosos investigam a realidade das salas de aula, contrapondo-se a idéia de um currículo pré-determinado, imbuído de ideologias instrumentais que desconsideram o aluno como parte integrante do currículo.
Ao contrário do currículo natural cujos meios separam-se dos fins em um modelo burocrático e tecnicista; o currículo crítico surge para trabalhar na escola as questões políticas, sociais e históricas dentro de um contexto concreto e não em abstrações teóricas. Nesta perspectiva, podemos destacar Aplle, Giroux, Freire e Faundez, autores que contribuíram para elucidar no sentido de alertar os educadores para as questões do reprodutivismo na educação.
A oposição ao reprodutivismo, e contestação frente a uma sociedade dominadora (que entende a escola como formadora de sujeitos passivos), são características que fazem do currículo crítico um mecanismo de construção de sujeitos autônomos que constroem conhecimento.
O currículo crítico defendido por estudiosos e autores como Paulo Freire, no Brasil, alertam para a reflexão da finalidade do currículo natural, que seria um instrumento de controle social, incitando valores morais, hábitos “adequados” para enquadramento em uma sociedade já estabelecida.
Na tradição crítica, a cultura não é vista de maneira inerte e imposta através da escola, mas sim entendida em permanente construção, pela qual o sujeito vivencia e é parte desta cultura, transformando-a. Como sinaliza SILVA, 1990: “... a questão do currículo não pode ser tratada independentemente do conhecimento e da cultura”. (SILVA, 1990). O autor fala das idéias de Freire e sua maneira de definir currículo, sendo este, parte integrante do conhecimento e da cultura.
Apesar de todas as transformações importantes na educação, e consequentemente na história do currículo, ainda temo temos uma organização curricular centrada nas disciplinas tradicionais, que isoladas cumprem seu papel. O currículo, assim como a escola, ainda está obsoleto frente às transformações constantes na vida dos alunos; portanto mesmo o currículo crítico exige reflexão e novos elementos que acompanhem estas inovações.
As transformações no currículo de Educação Infantil
O atendimento à criança de 0 a 6 anos no Brasil existe a mais de cem anos e vem percorrendo um longo caminho repleto de lutas e conquistas. Embora a mais de um século estejamos participando destas vitórias e conquistas na área da Educação Infantil, apenas no final da década de 1980 esse atendimento ganhou espaço e reconhecimento educacional dentro das leis que regem o país.
A Constituição Federal (1988, artigo 208, inciso IV) determina quer o dever do Estado com a educação e especificamente com a Educação Infantil será efetivado mediante a garantia de atendimento em creches e pré-escolas as crianças de 0 a 6 anos. Mesmo após a Constituição Federal, foi pouca a movimentação para garantir o direito à educação das crianças com até 6 anos de idade.
Somente após a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), no seu artigo 29, onde diz que: “A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade’; e com os estudos referente a importância desta primeira etapa da vida para o individuo é que as mudanças efetivas, tanto na questão do discurso e na prática pedagógica, começaram a se evidenciar.
Mas a concepção de que a criança é um adulto em miniatura, que pode ser moldada de acordo com um modelo pretendido ainda prevalece a Educação Infantil não é tratada como um processo contínuo. As antigas concepções de que nas creches (zero a três anos), deveriam predominar os cuidados com a higiene, a saúde e a alimentação, e de que nas pré-escolas (quatro, cinco e seis anos), se prepara para o Ensino Fundamental, permeiam a pratica de muitos profissionais da educação. As instituições de cunho altamente assistencialista não cedem lugar para que seja realizado um trabalho que vá de encontro com a real necessidade das crianças.
Conforme o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998),
“A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inscrita em uma sociedade, como uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca...” (RCNEI, 1998, p. 21, vol. I).
Portanto, compreende-se que o trabalho na Educação Infantil, é promover o desenvolvimento integral da criança em sua totalidade, em todos os aspectos, onde seja vista como um ser bio-psico-social, que merece ser respeita como um ser de direitos e deveres, como um indivíduo singular, único, competente, que faz parte de um meio sócio-historico-cultural, que produz a sua cultura.
Por sua vez, as crianças de 0 a 6 anos encontram-se em uma fase da vida em que dependem intensamente do adulto para a sua sobrevivência, precisam ser cuidadas e educadas, além de condições para usufruírem plenamente suas possibilidades de apropriação e de produção de significados do mundo da natureza e da cultura.
Segundo o RCNEI, o desenvolvimento da criança depende de um ambiente favorecedor, onde haja disponibilidade de escuta por parte dos adultos, e de sua intervenção sempre que necessária. Portanto, o papel do educador é estar atento as necessidades específicas de cada criança, aos seus interesses, desejos, para que possa ajudá-las a se desenvolverem, se conhecerem , integrarem-se na sociedade e construírem sua própria história de vida.
O Planejamento na Educação Infantil
As questões do currículo de Educação Infantil suas especificidades, bem como a forma como o planejamento é concebido por educadores da Educação Infantil vem sendo tema de constantes discussões e controvérsias.
A forma como o professor organiza seu trabalho, sistematiza suas ações do dia a dia, aponta para a concepção de criança que conhece como também que tipo de sujeito quer ajudar a formar.
A reflexão acerca da verdadeira finalidade do planejamento é fundamental para elucidar a intencionalidade das práticas educativas. Também analisar no sentido de conseguir perceber se subjacente as ações encontram-se tendências tecnicistas que transformam o planejamento do ensino em uma atividade mecânica e burocrática, ou, dentro da perspectiva do currículo crítico, que concebe o sujeito como ator e autor de sua própria história.
Nas práticas educativas no cotidiano da Educação Infantil comumente observamos vários tipos de planejamento, ou seja, várias formas de se conceber a criança e consequentemente traçarem metas para alcance dos objetivos pretendidos. A seguir alguns exemplos de planejamentos adotados por educadores de educação Infantil.
- Datas comemorativas
Tem uma finalidade apenas momentânea, já que este tipo de planejamento visa a comemoração de datas estipuladas até mesmo vezes pelo comércio. As instituições utilizam-se do calendário para elaborar seqüências de atividades descontextualizadas.
- Seqüência de atividades
Quando o ato de planejar não leva em conta o interesse do aluno e não está aberto aos aspectos da realidade, bem como de todo o contexto social, cultural e histórico do aluno o professor passa a estipular tarefas diárias, como tarefas a serem cumpridas mecanicamente para o dia de aula terminar.
- Planejamento baseado em aspectos do desenvolvimento
Este tipo de planejamento visa trabalhar os aspectos que englobam o desenvolvimento infantil, abrangendo os aspectos físico-motor, afetivo, social e cognitivo.
- Planejamento baseado em temas geradores, centros de interesse...
É o planejamento cuja atividade desencadeadora ou tema gerador serve de norteadora das demais atividades do cotidiano escolar segundo os interesses da criança ou do professor.
- Planejamento baseado em conteúdos organizados por áreas do conhecimento
Possibilita ao professor maior consistência ao trabalho com projetos ou temas, já que as atividades desencadeadoras devem pertencer a determinadas áreas do conhecimento, dando mais segurança ao educador para que possa fazer as devidas articulações.
Embora seja notória a preocupação com a Educação Infantil e a quebra constante de paradigmas assistencialistas, ainda há muito a percorrer em direção a uma educação Infantil de qualidade. Várias são as formas de ensinar as crianças pequenas, já que os caminhos são inúmeros. As questões de currículo, planejamento, avaliação nesta primeira etapa da Educação Básica suscitam comentários e controvérsias tendo em vista que as especificidades da Educação Infantil consideram segundo o RCNEI(1998), os cuidados e a educação são indissociáveis.
Pensar e refletir o planejamento, bem como todo o currículo da Educação Infantil requer estar ciente de que “o pedagógico”, ou “a hora da atividade”, não são as únicas situações de aprendizagem na instituição, não sendo a única coisa a ser levada em conta, e consequentemente avaliada.
O currículo de Educação Infantil não carece somente de planejamentos bem elaborados e atualizados, mas de comprometimento do professor com sua prática, e consciência de entender para quem planeja. Às vezes é preciso mudar a direção, e se aventurar em caminhos desconhecidos, visto que, não se elabora um planejamento com auxílio de uma fôrma, pois cada indivíduo é único, que forma um grupo heterogêneo.
REFERENCIAS:
BRASIL. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Editora do Brasil.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
SILVA, T.M.N. A construção do currículo na sala de aula: O professor como pesquisador. São Paulo: EPU, 1990.
sábado, 20 de novembro de 2010
A Educação Infantil e seu encantos
A criança para a qual se volta a Educação Infantil na atualidade, é concebida como um ser em processo de desenvolvimento e que constitui-se a partir das relações que estabelece nas várias circunstâncias de sua convivência e de sua cultura, num determinado tempo histórico. Assim, trata-se de um ser inteligente, curioso com uma maneira própria de interpretar o mundo e que apesar de condições sociais adversas, pode se desenvolver e aprender desde que a escola propicie oportunidades para isto.
Sabemos que um dos grandes desafios da Educação Infantil, tem sido o de construir propostas pedagógicas para atender os bebês e as crianças pequeninhas em instituições educacionais. Muitas pessoas, pais, profissionais da educação, ainda consideram as creches como um espaço de cunho assistencialista (cuidados como a higiene, a saúde e a alimentação), por isso, trabalhamos constantemente para que na prática cotidiana esta visão seja modificada. “A Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (LDB 9.394/96, art 29). Precisamos promover o desenvolvimento integral da criança em sua totalidade, proporcionando cuidados e educação e, contribuindo para o exercício da cidadania. Possibilitando a ampliação de suas potencialidades e suas capacidades, desenvolvendo suas singularidades e constituindo-se pela participação na vida coletiva. E para que isto ocorra com sucesso às especificidades da Educação Infantil, o brincar, o cuidar e o educar, precisam ser respeitadas; sempre com a mediação eficiente do educador, que tem papel fundamental neste processo de construção de novas aprendizagens.
Torna-se necessário ainda, que se compreenda a infância como período de construção da personalidade, do desenvolvimento integral, daí a importância de desde cedo oferecer aos pequenos diferentes materiais e organizar nos espaços da creche situações na qual interajam e desenvolvam aprendizagens diversificadas, utilizando-se de estratégias atraentes e eficientes, para que possam descobrir e conhecer o mundo.
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